Passaporte tributário: novo programa do governo permitirá que empresas tenham ‘quase perdão fiscal’

Passaporte tributário: novo programa do governo permitirá que empresas tenham ‘quase perdão fiscal’

Por ANANDA SANTOS

A reforma tributária esteve em destaque nos últimos dias devido às propostas de fatiamento da análise, mudanças de ideia sobre criação do imposto sobre transações digitais, entre outros assuntos. 

Nesta semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu mais detalhes sobre um outro braço da reforma defendida pela equipe da pasta, que é o passaporte tributário. A medida deve começar a tramitar pelo Senado Federal nas próximas semanas. 

“Queremos que seja um conjunto de facilidades oferecidas a quem caiu. O pequeno restaurante quebrou, fechou, está devendo R$ 50 mil. Quero que ele reabra, crie emprego. Não adianta ficar esperando pagar esses R$ 50 mil”, disse Guedes. 

“Então, as empresas que caíram acima de 20% do faturamento têm um desconto na dívida. Se caiu 40%, tem um desconto maior ainda. Se caiu 80%, é quase um perdão fiscal”, completou.

O ministro ainda aproveitou o pronunciamento para criticar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Para ele, o tributo federal diminui a competitividade da indústria brasileira. “Que história é essa de imposto sobre produção industrial? Queremos acabar com a indústria? Nós tínhamos que acabar com IPI. Evidente que não podemos fazer isso por uma série de razões”, comentou em 

Ainda de acordo com o ministro, a agroindústria “brilha” no ambiente do comércio internacional por não possuir um ‘IPA’, imposto sobre produtos agrícolas. 

“Por que a agroindústria brasileira está brilhando no mundo? Existe imposto sobre produto agrícola, o IPA igual existe IPI? Não. Então, essa ausência de tributação permite essa explosão econômica no setor”, argumentou em conversa 

Durante o evento, Guedes ainda defendeu a “reindustrialização” do país por meio da aprovação de novos marcos legais, como cabotagem, gás e setor elétrico. Ele também agradeceu ao setor industrial por ter mantido os “sinais vitais da economia” em meio à crise econômica derivada dos impactos da pandemia de Covid-19. 

Fonte: contabeis.com.br

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